Criar um Site Grátis Fantástico
15. Francis Bacon
15. Francis Bacon

Francis Bacon, filósofo e iniciador do método científico

Francis Bacon, um britânico que tinha grande ambição por cargo público, chegando a ser chanceler e, por conseqüência disto, sendo algo de muitas críticas – temos, em seu contexto a invenção da imprensa que facilitava o acesso e a troca de conhecimentos e a descoberta do novo mundo por meio das navegações.No contexto de Bacon, o poder era posse de quem tinha o conhecimento, por isso este filósofo sugere a máxima: “saber é poder”. Mas não o interpretemos mal: trata-se de um conhecimento que está a serviço de uma utilidade. A ciência, segundo a acepção baconiana, deve ter uma finalidade. É por isso que saber fazer o uso do conhecimento é ter poder. Em sua obra, Novo Organum, Bacon estuda, analisa e critica o método dedutivo aristotélico e, em contra-partida, propõe o método indutivo por eliminação. Nele não se considera somente a quantidade dos dados, conforme o faz o método aristotélico. É preciso coletar os dados, eliminar os desnecessários e, após a realização da experiência, formular uma lei universal.

 

Francis Bacon acreditava que a interpretação dos fatos era algo natural aos homens, sendo que, nessas interpretações não existia imparcialidade: o homem compreende as coisas a partir de seus referenciais, capacidade de interpretar.Com estas observações Bacon já pré-anunciava a crítica, tão comum quando falamos de ciência, da imparcialidade e/ou neutralidade do pesquisador no momento em que desenvolve uma teoria. Porém, em Francis Bacon, a base do conhecimento é a experiência. Outro aspecto importante do pensamento deste irreverente pensador britânico é que, para ele, a ciência possui uma dimensão social: ela progride se for realizada por uma comunidade científica. Além disso, Bacon acreditava que a ciência deveria ser inter-multi-disciplinar.

 

Outra idéia importante é que, para Bacon, o conhecimento se dá a partir da alma – que possui três faculdades: razão, imaginação e memória. Neste sentido a sede da ciência é a alma. Da razão temos a metafísica (auxiliada pela matemática), da imaginação temos a literatura e a arte e da memória temos a história. O pensamento de Bacon também faz crítica ao modelo de dedução aristotélico. Ele critica também os “racionalista” e os “alquimistas” de sua época. Ambos representados simbolicamente pelas aranhas (escolástico-aristotélicos dogmáticos) e as formigas (alquimistas que se diziam cientistas e eram ametódicos). O cientista deve ser como as abelhas que colhem os polens das flores, transformando-o em mel. Além disso, o pesquisador deve se livrar dos prejuízos, os ídolos: a) da tribo, comum a toda humanidade, questões culturais. Bacon se referia à astrologia. B) da Caverna, que dizem respeito aos aspectos psicológicos e preferenciais.

 

O autor faz alegoria à caverna platônica; c) foro ou mercado, trata-se de joguetes lingüísticos que modificam o conceito das palavras e geram ambigüidade. A ciência não deve usar, inadequadamente, a linguagem; d) Teatro. Bacon critica a postura unilateral, onde se dogmatiza o saber a partir de uma corrente de pensamento. A idéia de teatro surge como algo que é repetitivo, sem inovação.