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17. Hobbes
17. Hobbes

Thomas Hobbes, filósofo contratualista

Thomas Hobbes nasceu em 1588 e faleceu em 1679. Ele consolida a política como ciência e busca entender a relação natural das coisas a partir da experiência e da materialidade. Trata-se de fundamentos empiristas. Hobbes escreve o Leviatã. Ele desenvolve a idéia de corporismo, baseado na seguinte trilogia: de corpori; de cive; de homini. Suas perspectivas contrariam o pensamento aristotélico, que considera o homem como ser social e político. Para Hobbes, se o homem fosse social não haveria conflitos, problemas sociais.

 

Segundo ele o homem é puramente instintivo em seu estado natural. A filosofia tem por objeto os corpos, suas causas e suas propriedades. Os corpos são aquilo que ocupa um lugar no espaço e existe objetivamente. Eis a teoria do coporismo: há corpos inanimados (animais, objetos físicos e tudo de concreto que se possa pensar, exceto o homem) e os animados, comum aos homens, aos indivíduos.Pois são naturais. Existe, pois, também corpos artificiais, que advém das convenções humanas. Eles não são naturais, mas criados pelos homens (estado, idéia de cidadão, instituições, etc). A teoria do absolutismo é sustentada a partir da idéia de qualificação dos corpos: os corpos naturais não dependem do nosso pensamento e, portanto, não temos controle sobre eles. Já os artificiais, dependem de nosso pensamento, podemos transformá-los e modificá-los. Em relação aos corpos naturais, nós só podemos compreendê-los. Sua base são os movimentos – entendidos como índices qualitativos para entender os corpos. A relação entre movimento e causa culminará num determinismo.

 

O natural é entendido pela relação de movimento e causa. Destas idéias nasce o conceito de liberdade em Hobbes: naturalmente ela não existe porque os movimentos são rigorosamente necessários e suas leis estão na constituição da natureza. Há, por assim dizer, um determinismo dos corpos naturais que impossibilita a liberdade. Hobbes não considera a existência de um Bem Absoluto (Deus). O que uma pessoa pode considerar Bem, a outra pode não considerar. Não há Bem absoluto porque no estado natural existe o egoísmo. O único bem que deve ser preservado é a vida. Por ser egoísta o homem coloca regras no seu comportamento, por isso a idéia de que “o homem é lobo do próprio homem”. No estado natural existe uma guerra de todos contra todos, para salvar-guardar a vida.

 

O biológioco-instintivo está acima da racionalidade. Para defender a vida e a sua conservação, passa-se de natureza para o Estado civil: os homens estabelecem um contrato social para manter sua segurança, pois no estado natural não há justiça nem injustiça – pondo em risco a vida. Quando o contrato social é feito e o soberano (absolutista) é posto, ele é o senhor da lei. O soberano é inquestionável. Ele é o centro, criando leis e tornando-as critério de justiça, que teoricamente deve ser neutra.

Para Hobbes o soberano está acima da lei e a religião deve está submetida a sua vontade.