Herbert Spencer

Nasceu no século 19 e estudou – em casa – matemática e ciências naturais. Seu contexto está ligado ao positivismo, a uma ciência que se opõe à religião, principalmente à católica. Spencer foi um engenheiro dedicado à filosofia, mas acima de tudo, um crente no evolucionismo. Defendia que, em sua época, ainda se vivia num estado metafísico. Para ele, o cientista poderia explicar várias coisas, mas jamais conseguiria chegar à essência das coisas. Já o campo da religião é bastante vasto. Spencer quer dizer que existe algo na ciência que não é explicável. Para solucionar tal problema ou nós regredimos ao infinito (na questão evolutiva ou da causa primeira) ou recorreremos ao absoluto. A ciência, com Spencer, ganha uma dimensão extracientífica.

Convém lembrar que, desde Kant, havia se decretado o fim da metafísica – essa mesma dimensão que Spencer tenta resgatar junto à ciência. Ele se opõe ao idealismo, dizendo que não se deve buscar a essência das coisas, mas entender sua existência. Mas é importante mencionar que para Spencer nenhuma religião é verdadeira, pois ela tem como objetivo manter viva a chama do mistério. É desta maneira que Spencer acredita que haverá, um dia, paz entre religião e ciência. Graças à ciência a religião não pode mais falar de suas crendices. Mas, é preciso considerar que as verdades da filosofia são mais nobres e mais altas do que as da ciência. A filosofia começa com analises de fatos primários, mas tem pretensões de se chegar às verdades universais. Spencer, ao contrário de Darwin, pensa numa evolução, não só das espécies, mas do UNIVERSO. Ele entende a evolução como uma integração da matéria. Portanto, a evolução do universo é um processo necessário. Aqui está uma visão metafísica do universo.